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Revista Em Debate (RED) publica nova edição (n.11)
A revista Em Debate acaba de publicar seu último número, disponível em
https://periodicos.ufsc.br/index.php/emdebate. Convidamos a navegar no
sumário da revista para acessar os artigos e outros itens de seu interesse.
Em Debate
n. 11 (2014): 1º semestre 2014
Sumário
https://periodicos.ufsc.br/index.php/emdebate/issue/view/2121
Editorial
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Editorial (1-3)
Iraldo Matias
Dossiê
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A classe por si: Teoria econômica e política em Proudhon e no proudhonismo (4-25)
Andrey Cordeiro Ferreira
A anarquia social: resistência, insurgência e revolução social na teoria de Bakunin (26-46)
Selmo Nascimento da Silva
Meritocracia na Educação e a luta dos trabalhadores contra a precarização (47-67)
Valena Ribeiro Garcia Ramos
A revolta camponesa de Trombas e Formoso e a contribuição da teoria anarquista (68-89)
Leon Martins Carriconde Azevedo
A convergência analítica dos herdeiros de Kautsky e Nozick: crítica às interpretações da direita e da esquerda estatista sobre o Levante de 2013 no Brasil (90-113)
Wallace Santos Moraes
Traduções
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Notas para uma crítica do maoísmo – Loren Goldner (114-131)
José Carlos Mendonça
Artigos
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O desmonte da universidade: o REUNI como política de Estado no PNE (2014-2024)(132-144)
Alisson Slider do Nascimento de Paula
O cinismo e o capitalismo: ideologia e teoria radical em Slavoj Žižek (145-151)
Rodrigo José Fernandes de Barros
A política nas mídias sociais e as tarefas da esquerda: a revolução se faz no presente (152-163)
Edemilson Paraná, João Telésforo
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Revista EM DEBATE
http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/emdebate/index
Seminário: o 25 de abril em Portugal
Palestra: “Estado Social, crise e desemprego”
Workshop final do projeto “Relações laborais em Portugal e no mundo lusófono 1800-2000: Continuidades e rupturas”
I Seminário Anarquismo: pensamento e práticas insurgentes
III Conferência da Associação Internacional para o Estudo das Greves e Conflitos Sociais
MANIFESTO DA “SLOW SCIENCE”
Somos cientistas. Não blogamos. Não twittamos. Fazemos as coisas no nosso ritmo.
Mas não nos levem a mal – dizemos sim para a ciência acelerada do início do século 21. Dizemos sim ao constante fluxo de periódicos avaliados por pares e a seu impacto; dizemos sim para blogs de ciência e para a necessidade de mídia e de relações públicas; dizemos sim à crescente especialização e diversificação em todas as disciplinas. Nós também dizemos sim para que a pesquisa de retorno na saúde e na prosperidade futura. Todos nós estamos neste jogo também.
No entanto, sustentamos que isto não pode ser tudo. A ciência precisa de tempo para pensar. Ciência precisa de tempo para ler, e tempo para falhar. A ciência nem sempre sabe o que pode ser crucial agora. A ciência se desenvolve de modo inconstante, com movimentos bruscos e saltos imprevisíveis para a frente – ao mesmo tempo, no entanto, arrasta-se progredindo em uma escala de tempo muito lenta, para a qual deve haver espaço e para a qual a justiça deve ser feita.
A ciência lenta foi praticamente a única ciência concebível por centenas de anos; hoje, argumentamos, ela merece ser revivida e necessita proteção. A sociedade deve dar aos cientistas o tempo necessário, mas mais importante, os cientistas devem fazer a seu ritmo.
Precisamos de tempo para pensar. Precisamos de tempo para digerir. Precisamos de tempo para nos desentendermos, especialmente quanto à promoção do diálogo perdido entre as humanidades e as ciências naturais. Não podemos continuamente dizer o que nossa ciência significa, para que ela servirá, porque nós simplesmente ainda não sabemos. A ciência precisa de tempo.
– Fique conosco, enquanto pensamos.
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Na sequência dos pensamentos expressos no manifesto acima, acreditamos que esse maior tempo de pensar e de prosseguir o diálogo e a disputa face-a-face devem ser disponibilizados para a atual geração de cientistas ativos de alto nível. Defendemos que a ciência, bem como a sociedade como um todo que financia a nossa ciência, se beneficiará grandemente a longo prazo, e por muito tempo, se uma cultura de pensamento, integrativa, sustentada e de “não tempo real” / off line, for incentivada e mantida viva.
As academias foram o lar exclusivo da ciência por um longo tempo, bem antes que os períódicos científicos fossem introduzidos “virando o jogo”. Atualmente, pesquisadores acadêmicos dificilmente desempenham um papel a mais; onde eles existem, a adesão é um objetivo de carreira e incentivo para eminentes cientistas seniores e outras honrarias mais do que uma uma carreira ou espaço de retiro.
A “Slow Science Academy”, fundada na Alemanha em 2010, pretende oferecer a muitas vezes desacreditada, mas absolutamente necessária, torre de marfim. Reunirá grupos de pesquisadores básicos ao lado de seletos cérebros de ciência e áreas afins para oferecer-lhes espaço, tempo, e, finalmente, recursos para fazer o seu trabalho principal: discutir, questionar, pensar.
Para mais informações ou para filiação, entrar em contato pelo endereço:
SLOW SCIENCE ACADEMY · BERLIN, GERMANY
academy@slow-science.org